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REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÕES

REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÕES São reações químicas que acontecem entre um ácido e uma base. Estas podem ser de neutralização total ou...

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domingo, 20 de dezembro de 2015

Um Conto sobre PANETONE

Panetone

O panetone é um alimento muito consumido na época do natal, motivo pelo qual é considerado um símbolo natalino.
Não se sabe ao certo qual a sua origem, mas a história mais conhecida se passou no século XV, ao norte da Itália.
Um jovem aprendiz de padeiro era apaixonado pela filha do dono da padaria em que trabalhava, mas o pai não consentia o namoro.
Um dia o rapaz resolveu inventar um pão diferente, para impressionar e agradar o pai da moça, seu patrão. Com toda criatividade e amor, preparou uma massa de pão, recheando-a com frutas cristalizadas e uva passa, sua forma original. O rapaz tinha conhecimento em fermentação natural, e usou para que a massa ficasse bem leve.
O dono da padaria, de nome Toni, adorou a receita e pediu para o rapaz fazer para que fosse vendido. O rapaz assim o fez, além de divulgar que a receita tinha aprendido com seu chefe.
Aos poucos, o panetone foi fazendo grande sucesso entre as pessoas da vizinhança, ficando conhecido como o “pão do Toni”.
O panetone foi tão bem vendido na padaria que passou a ser fabricado para outras cidades, fazendo com que as finanças do senhor Toni aumentassem de forma considerável, tornando-o rico.
A forma de cúpula em que o panetone foi feito, foi para representar as bênçãos da igreja, já que o rapaz precisava da autorização do pai da moça para conquistá-la. E o final dessa história, nem é preciso contar!
Com o passar dos anos, a receita foi se difundindo por todo o território italiano e posteriormente pelo mundo. A mesma é desenvolvida através dos ingredientes: farinha de trigo, leite, ovos, passas, frutas cristalizadas e fermento.
Hoje em dia, podemos encontrar panetones com recheios diversos e incrementados, como na versão doce, com gotas de chocolate, trufas, sorvetes, cupuaçu com castanha do Pará, e na versão salgada, recheados com castanhas, calabresa, bacalhau, tomate seco e mussarela de búfala, shitake e até de mandioca com carne seca.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A ORIGEM DA VITAMINA D

Tem algumas grandes diferenças entre a D e todas as outras vitaminas. Para começar, embora até seja possível absorvê-la pela comida, sua maior fonte, disparado, é o sol. Sim, a luz solar - aquela mesma que agride e envelhece a pele e pode causar câncer de pele, o mais comum entre mulheres e o segundo mais comum entre homens no Brasil. O raio ultravioleta B (UVB) do Sol, o mesmo que nos torra, desencadeia uma série de reações químicas que produzem vitamina D.
Sol

Na verdade, a vitamina D não é uma vitamina. Em 1931, o químico alemão Adolf Windaus, da Universidade de Göttingen, constatou que essa substância tinha a mesma estrutura de hormônios esteroides, como os hormônios sexuais. "Trata-se, na realidade, de um pré-hormônio", explica a farmacêutica e bioquímica Rita Sinigaglia, da Unifesp. Nos anos 90 com a descoberta de que todo o organismo possui receptores para a vitamina D, difundiu-se que ela seria uma classe em si mesma devido a ausência de um órgão alvo específico, como acontece com os hormônios.
Não é vitamina, mas o nome pegou, e assim ficou. Um pré-hormônio para lá de importante. "Imagine um edifício comercial, um arranha-céu com milhares de portas, que são abertas por uma única chave: a vitamina D. Como ficarão essas salas que não podem ser abertas nem fechadas sem ela?", compara o médico Cícero Coimbra. Vitamina D é uma chave bioquímica que abre as portas de milhares de diferentes processos fundamentais para a vida. Se seus níveis forem altos, não faltarão chaves e as células funcionarão em plena atividade. Mas, com níveis baixos, várias dessas funções ficarão trancadas - salas fechadas. Já se sabe de pelo menos 2.500 funções celulares que não funcionam sem a D.
Por isso, sem vitamina D, a vida é impossível. Há muito tempo se sabe, por exemplo, que níveis baixos demais acabam com nossa capacidade de formar ossos. É que ossos são feitos de cálcio - e, para absorver o cálcio, nosso sistema digestivo precisa de vitamina D. "Sem ela, os dinossauros não teriam aguentado o peso do próprio corpo", explica Ian Wishart no livro Vitamin D: Is This the Miracle Vitamin? ("Vitamina D: vitamina milagrosa?", ainda sem versão em português).
Os humanos, desde sempre, mantiveram uma relação íntima com o Sol. Mas, quando a Revolução Industrial entrou em cena, no século 18, essa história tomou outro rumo. Abarrotadas de trabalhadores, as cidades começaram a se estreitar, com prédios cada vez mais próximos, ficando cheias de sombras. A fuligem da queima de carvão, além de poluir, dificultava a passagem dos raios solares. Crianças da Inglaterra e do norte da Europa começaram a apresentar deformações nos ossos, bolinhas na pele e má-formação dos dentes. Estavam sofrendo de uma doença pouco conhecida até então: o raquitismo.
Em 1916, Harry Steenbock, da Universidade de Wisconsin, descobriu que a luz solar era a resposta para o raquitismo. Surgiu então a moda da helioterapia (terapia da exposição solar), que havia sido idealizada pela primeira vez pelo historiador grego Heródoto, no século I. Na Europa e nos EUA, hospitais construíram solários e varandas para banhos de sol. Nessa mesma época, outros pesquisadores queriam entender por que a Noruega, ao contrário dos países vizinhos, registrava baixos índices de raquitismo. O segredo estava na dieta: os noruegueses se alimentavam, principalmente, de peixes selvagens - e consumiam muito óleo de fígado de bacalhau.
O bioquímico americano Elmer McCollum, também da Universidade de Wisconsin, analisou esses alimentos e neles encontrou uma nova substância, que batizou de vitamina D. Os médicos passaram a receitar óleo de fígado de bacalhau, alimento que contém uma quantidade considerável da substância (veja tabela na página anterior). A indústria do leite começou a fortificar o produto com vitamina D, que pode ser sintetizada quimicamente ou retirada do sebo de ovelhas.
Mas, de lá para cá, aconteceram duas coisas. Primeiro, nosso estilo de vida passou a incluir cada vez menos sol. Usamos protetor solar, nos cobrimos mais, ficamos mais tempo em locais fechados. No Brasil, o consumo de protetor sextuplicou em menos de 15 anos. Por uma boa causa, claro: proteger a pele do câncer. Só que isso derruba a produção de vitamina D. Aplicar um filtro solar fator (FPS) 15 reduz em 98% a produção dessa vitamina.
A outra mudança foi na própria atmosfera terrestre. Um estudo feito na Índia comparou dois grupos de bebês, com idades entre 9 e 24 meses. Todos seguiam a mesma dieta (as mães eram vegetarianas, e os bebês se alimentavam de leite materno), eram da mesma etnia e tinham o mesmo nível socioeconômico. A única diferença estava no ar. Um grupo morava num bairro com alto nível de poluição atmosférica; o outro respirava ar mais puro. Os resultados foram claríssimos - e chocantes. Os bebês do bairro poluído tinham 12 nanogramas de vitamina D por mililitro de sangue. Os outros tinham 27, mais que o dobro. A poluição literalmente bloqueia a luz solar, dificultando seu trabalho.
"Os compostos químicos que estão no ar absorvem parte dos raios UVB", explica Lilian Cuppari, pesquisadora da Unifesp e uma das autoras do estudo sobre a falta de vitamina D no Brasil. Talvez nada ilustre melhor a importância do sol do que a história recente do Irã. Até a Revolução Iraniana, o país era governado pelo xá Reza Pahlavi, amigo dos Estados Unidos. Tudo era bem ocidentalizado, inclusive as roupas das pessoas.
Em 1979, o aiatolá Khomeini tomou o poder, instaurou um governo islâmico, e as mulheres passaram a usar trajes tradicionais e recatados, que cobrem quase todo o corpo. O efeito sobre a saúde foi imediato - e fortíssimo. Entre 1989 e 2006, o número de casos de esclerose múltipla cresceu 800% no país (como mostrou um estudo realizado em 2013 pela Universidade de Oxford).
Até a década de 1990, acreditava-se que a única função da vitamina D era contribuir para a saúde dos ossos. Nos últimos anos, pipocaram novos estudos (foram mais de 2 mil só em 2014) e hoje sabe-se que ela age em diversas partes do corpo: incluindo cérebro, coração, estômago e pulmões. Ela retarda ou ajuda a evitar o aparecimento de Alzheimer e outras doenças degenerativas, alivia a asma, evita demência, esquizofrenia e bipolaridade e reduz os riscos de impotência sexual. Doenças cardiovasculares e infecciosas (como a tuberculose), diabetes, autismo e doenças autoimunes (psoríase, artrite reumatoide, lúpus, entre outras) estão relacionadas à falta de vitamina D. Um estudo da pediatra e neonatologista americana Carol Wagner, da Universidade da Carolina do Sul, mostrou ainda que a vitamina D reduz em 50% a possibilidade de complicações na gravidez. Ela interfere até no humor.
Um artigo publicado no British Journal of Psychiatry analisou os resultados de testes com 30 mil pessoas e concluiu que há uma relação entre falta de vitamina D e depressão. Sem falar no câncer. Há pesquisas mostrando que a vitamina D desacelera a progressão do câncer de mama e de próstata e pode até prevenir alguns tipos da doença. Também há indícios de que o mesmo acontece com câncer de cólon, pâncreas, cérebro, bexiga, rins e leucemia. "A vitamina D previne o câncer da mesma forma que a vitamina C previne o escorbuto (doença que causa hemorragias bucais e perda dos dentes)", empolga-se o médico americano Cedric Garland, da Universidade da Califórnia. Para Garland, que participou de dezenas de estudos sobre o tema, níveis corretos de vitamina D poderiam evitar até 80% dos casos de câncer.
Apesar de tantas evidências, a vitamina D ainda é alvo de muita polêmica. A maior parte das sociedades médicas do mundo e dos órgãos responsáveis por definir as diretrizes para os profissionais de saúde continua recomendando cuidado com o sol.


ENEM | Tratamento da Água

UECE | 2023.1

UVA | 2022.1

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